Na ocasião de minha conversão a música teve papel fundamental na minha caminhada cristã. Além de me atrair a igreja, às suas reuniões, comunicou a minha razão a fé que era me ensinada a partir da Palavra de Deus. Tinha a época os belos hinos do Cantor Cristão ( mais de seiscentos dos quais, menos de cinquenta são cantados efetivamente ) e os corinhos, já que a IBL,
Igreja Batista de Lagoinha era o braço da renovação carismática, no caso das igrejas batistas. Esses corinhos eram mais curtos, de rítmo mais jovem próximos da música pop americana e da jovem guarda brasileira. Muitos, dos corinhos, os melhores eram versões de canções que até hoje são atuais e que emociona a quem as conhece hoje ( meu filho gosta quando de vez em quando canto e toco algumas delas, ele as acha simplesmente maravilhosas ), com melodias agradáveis ao canto e letras poéticamente agradáveis.
Esse post eu dedico ao meu querido irmão Jorge Fernandes Isah, o único seguidor desse blog ( que ainda é muito novo - o blog, não ele ou eu- ótima desculpa...rs...rs...rs... ) que me fez um pedido, que eu uma vez por mês postasse algo sobre ( acho que foi isso que eu entendi ) e algum hino de dois hinários, um o CC e um outro que vou verificar no seu coment, acho que é Salmodiando ao Senhor, o que farei periódicamente, com a história de cada hino, partitura para vozes, melhor execução, seja solo ou coral, ou ainda instrumental. Antes de qualquer coisa um dos hinos que mais gosto de cantar, lembrar, já que gravação é difícil de achar uma boa, é justamente "Castelo Forte" de ninguém menos de Martin Lutero, presente em uma de suas versões justamente no Cantor Cristão. Outro hino é "A imagem de Deus" composta para o canto de sopranos ou tenores. Há ainda "Jerusalém" ou "Cidade Santa", e tantos outros mais antigos ou ainda recentes.
Os Hinários como Harpa Cristã ( Usados pelas Assembléias de Deus, Deus é Amor, Metodista Wesleyana ), Cantor Cristão ( Igrejas Batistas ), Salmos e Hinos ( Adventistas ) e tantos outros produzidos por cada denominação tradicional, constituíram um esforço tremendo e caro. Imagine sem computadores, editar várias centenas de partituras para coral, tipograficamente. Era e foi, um trabalho monumentalmente grande sem contar as traduções, correções, e organização por temas, etc. Constituíram um esforço de uma ou mais gerações para testemunho ao mundo, às pessoas em sua época e depois dela. Engana-se quem pensa que foi fácil. Não é fácil também reconhecer que embora importantes, além de não cobrir toda a experiência cristã além da limitação teológica denominacional, naturalmente como tudo envelhece, e também naturalmente perde, de certa forma, força diante das novas gerações. Nenhum de nós admite, mas de fato não suportaríamos por muito tempo, as melodias e harmonias compostas para os Salmos da própria Escritura, da Bíblia Sagrada, exatamente como foram idealizados para a sua época. Quem não reconhece essa realidade está sendo no mínimo simplório ou teimoso.
Dessa forma cada geração tem que rescrever o seu testemunho, ainda que seja a mesma fé, em moldes mais atuais. O pior as vezes acontece, canta-se os velhos hinos na igreja e nega-os na sua eficácia ouvindo as canções, as vozes, e os falsos ídolos seculares. Que vozes os seus filhos adolescentes ouvirão? Quem da geração deles, embora testemunhe ( e não há saída ) a mesma fé que salva, e não pode ser outra de nenhuma maneira, ouve Restart, Lady Gaga, Sepultura, Ozzi O... e tantos outros, alguns tão nas trevas e tão endemioniados que a simples menção de seus nomes, o som dos arranjos de suas canções, os bordões dos coros de suas composições, que ficam na sua mente repetindo e repetindo falsas afirmações, se tornam um desvio a qualquer possibilidade de fé autêntica na Palavra de Deus.
Li, infelizmente, não pelo fato, comenários de alguns irmãos tradicionais, reformados, históricos, enfim, sem uma visão mais real das coisas, um sobre uma visita a "minha" igreja ( algo que não ligo e até esqueço que é minha... daí nem me cóço pelo comentário grosseiro... ) e outra ao irmão que por acaso lembrei de colocar como contraponto nessa postagem. Primeiro o irmão criticou tudo que viu em uma visita ( igreja não é lugar para passear, mas para cultuar a Deus e se possível ouvir a sua Palavra e voz...não visto outras igrejas como quem vai ao zoológico... mas até aí tudo bem ), a pregação, os bordões de quem conduzia o culto, tipo "tire o pé do chão", "fale com o seu irmão", etc, etc, a pregação , segundo ele "raza", sem substância teológica, etc. Vale lembra que na mesma "minha igreja" há um pastor que em suas pregações dominicais ( todo domingo às 15 hs ) faz seus ouvintes folhearem a Bíblia e a cada tema abordado, lerem uns quarenta versículos, ou mais. Enfim não é esse o caso.
No caso desse irmão é a sua posição teológica particular que faz com que exclua e julgue todo esforço ou algo que se faça diferente do que ele faria ou vê fazendo em sua igreja. Para ele tudo que não seja feito da única forma que ele conheceu e de certa forma lhe foi imposto não tem o menor valor. Só que ele não sabe que isso já aconteceu mesmo com os hinários e hinos tradicionais que eram, muitos deles, considerados exageradamente mundanos ( do C.C. , da Harpa Cristã e de tantos outros ). Enfim "não há nada novo debaixo do céu", apenas uma repetição de algo que já aconteceu.
Bem por teimosia, esse ou um outro irmão referindo-se ao pastor André Valadão, da "minha" igreja, ( isso mais uma vez repito para mim é irrelevante ) disse que ele canta mal, toca mal, e que as suas musiquinhas são de "péssimo gosto". Se o tal irmão não reconhece como as coisas acontece até mesmo na igreja, não possui discernimento e sabedoria para fazer uma avaliação justa das coisas é outro assunto. A verdade é que tanto nos hinos tradicionais como nas composições contemporâneas, se a poesia da canção reflete uma verdade, um encontro, o gosto e o estilo musical, que é linguagem ( a música é uma das linguagens da Arte ) é algo absolutamente secundário. A verdade não precisa de defesa e para quem não saiba, o pastor André é filho do Pastor Márcio Valadão, um homem que vive todos os seus dias para anunciar o evangelho. Um dos poucos pastores que no púlpito ou fora dele, seja na rua, em uma reunião administrativa, não decai e não difere de como deve ser o homem de Deus, um cristão, um crente. O pastor André recebeu a benção da cura de uma importante doença crônica nos rins que se progredisse se tornaria algo definitivamente limitador. Julgá-lo a partir de uma preferência musical que todos naturalmente temos, baseada em parâmetros diferenciados, é se não algo injusto, uma boa tolice. Prossigamos, ao contrário, no efetivo testemunho, seja cantando, compondo, orando, falando, pregando, para que de algum modo muitos mais creiam e sejam portanto salvos pela fé no nosso Senhor. Amém.
G9
Ensina-me a sentir Teu coração
C9
Jesus, quero ouvir Teu respirar
Em
Tirar Teu fôlego com minha fé
D9
E Te adorar
G9
Jesus, Tu és o pão que me alimenta
C9
O verbo vivo que desceu do céu
Em
Vem aquecer meu frio coração
D9 D D9
Com Teu amor
C9
Abraça-me (2x)
D9
Cura-me (2x)
C9
Unge-me (2x)
D9
Toca-me (2x)
G9 Em
Vem sobre mim com o Teu manto
C9 D9
Reina em mim com Tua glória
G9 Em
Ao Teu lado é o meu lugar
C9 D9
Aleluia, aleluia
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