Faltou na defesa e no soltar dos cachorros desse pastor, o primeiro cantor evangélico a gravar um LP e a gravar com orquestra, sendo dono ( ou os seus filhos à épocav da gravadora Bom Pastor, a melhor e maior gravadora evangélica no Brasil por duas ou mais décadas.
Valeu mais ainda a fala rasgada ao invés do "mimimi" falsamente espiritual de tantos pregadores na hora que é necessário rasgar o verbo!
Os escândalos são infelizmente inevitáveis, e quem disse isso não foi qualquer irmão ou pastor encrencado e embirrado com o concorrente, mas o Senhor Jesus, entretanto também "ái" por quem esses escândalos vierem...
Não estou ajuntando ao coro para jogar pedras, não se trata disso, é apenas mais uma voz que não se cala diante de tanta bobagem. Há bobagens em quase todos os cantos, os apressados, os sem profundidade, os sem auto crítica e os orgulhosos todo dia produzem em todos os cantos novas bobagens... e assim caminha a humanidade e assim não há novidade debaixo do sol... mais uma vez, infelizmente!
Ah! mais uma coisinha só, alias duas:
Elvis Presley gravou muitos discos de música cristã, perfeitos sob todos os aspectos, repertório, arranjo e voz e nunca se gabou em vida disso; Bill Gathier autor de nada menos que "Por que Ele vive" e o do "Rei está voltando", ainda ativo, adventista, não se gaba do que tem feito para a obra de Deus... Thalles vá se catar!!!
Por Helvécio S. Pereira
( PS.: O CAIO FÁBIO VIAJA PARA TODO LADO, E FALA DOS DINHEIRO DOS OUTROS PASTORES DE DAS OUTRAS IGREJAS?? )
O fato é que não precisávamos de mais uma merda dessas para denegrir a mensagem de Jesus! Kim o líder e vocalista da Banda Catedral fala sobe o assunto:
Mas a grande lição e o mal exemplo é exatamente o fato de que uma pessoa despreparada para o "sucesso repentino" (que nesse caso é bem efêmero) pode fazer.
Eis um perfeito exemplo. Bem, não me considero no "bojo dos cantores" que ele cita de forma leviana em comparações toscas e maldosas. Até porque não me rotulo, mas pra desbancar esse "backing cantor" precisaria usar "uma corda vocal apenas", rsrsrs. Sabe de nada inocente! Tenho pena... Boa noite a todos... "
( Kim da Banda Catedral )
BONUS:
UMA ENTREVISTA FEITA COM O PR. PAULO CÉSAR DO GRUPO LOGOS CONTEMPLANDO EXATAMENTE COISAS EM TORNO DESSE PROBLEMA ENVOLVENDO A FALA DO CANTOR THALES ROBERTO
PAULO CEZAR – Para melhor, acho que mudou a qualidade técnica. A evolução dos músicos, dos estúdios, dos instrumentos e do som é perceptível. As chances de alguém gravar e fazer um bom trabalho, hoje, são muito maiores do que antes. O que mudou para pior, com algumas exceções, foi o conteúdo, tanto do que se produz como do objetivo com que se canta. Atualmente, a chamada música evangélica, ou “gospel”, está sendo atacada de todos os lados. O mundanismo tomou o lugar da contextualização. Além disso, vemos a repetição de muitos jargões, palavras de ordem e mensagens de prosperidade.
As músicas e tais tendências nos conduzem a nomes, mas eu não quero, de modo algum, reconhecer ou classificar adoradores. Afinal, se Deus os procura, quem sou eu para achá-los? Mas creio que as letras são escritas de acordo com várias influências. O conhecimento é um desses aspectos, e é importantíssimo. Ninguém, mesmo que queira, poderá escrever sobre o que não sabe. A falta de conhecimento ressalta a superficialidade e o apelo emocional. Em outras palavras, um compositor ou pregador superficial ficará contente diante de pessoas chorando no altar ou mãos erguidas no auditório – mesmo que os ouvintes não sejam salvos ou que seu caráter não seja mudado nos dias que se seguem. Outro aspecto é a razão. Responder conscientemente ao motivo pelo que se compõe é determinante para quem o faz. E isso é que faz toda a diferença!
Fomos convidados a participar de uma conferência para missionários brasileiros em Dakar, no Senegal. Resolvemos aproveitar a oportunidade para visitar também Guiné Bissau. Nos dois países, estivemos em igrejas, escolas e agências missionárias. Os missionários brasileiros que atuam lá choraram ao ouvir as músicas que foram usadas por Deus no seu próprio chamado ou em momentos marcantes de seu ministério. A rea¬lidade espiritual é a de um povo oprimido pela religiosidade. A tradição familiar é muito forte; ela tira a individualidade das pessoas, tornando muito difícil a absorção do Evangelho. Afinal, a Palavra de Deus apresenta uma nova tomada de posição espiritual. E uma mudança religiosa significa rompimento direto, não só com a religião predominante, mas, sobretudo, com a própria família.
Bem, emprimeiro lugar, temos seguido o exemplo da Bíblia, nunca mudando a essência do que fomos chamados a ser e a fazer. Temos também procurado usar os instrumentos modernos em nossa música. Ao dizer isso refiro-me tanto aos instrumentos que são pessoas, quanto aos instrumentos que são coisas; porém, sempre tomando o cuidado de não permitir que um ou outro assuma o centro das atenções. Estamos conscientes de que, quando a performance ofusca o brilho do conteúdo, só resultados superficiais são colhidos.
Há vários adoradores no meio artístico. Eu prefiro não citar nomes para evitar injustiças, mas resumo minha resposta afirmando que os que chamam a minha atenção são aqueles que têm um compromisso verdadeiro com o Senhor e fazem de suas vidas a maior expressão daquilo que pregam.
Vivemos dias em que as nomenclaturas fazem parte de um complexo esquema organizacional. Não creio que isso, em si, seja mau. E é verdade que cada crente tem que achar o seu lugar funcional na obra. Mas a incompreensão do uso de um ministério pode trazer orgulho ou desajuste na função de alguns. A Palavra de Deus nos ensina sobre dons, serviços e ministérios. Entendo que existe aí uma sequência lógica, onde o dom é a capacidade espiritual que o Senhor dá a cada um, segundo o seu propósito, como, por exemplo, a misericórdia. Já o serviço é o meio pelo qual aquele dom é manifesto, como o diaconato. E o ministério é o que é executado no final dessa sequência. Quando isso é entendido, os ministérios voltam ao seu lugar de trabalho, perdendo a característica perigosa de ostentação.
Depende. Acho que, pela ordem natural das coisas, tanto a indústria como o comércio fonográfico terão que fazer adaptações severas. Alguns conseguirão sobreviver; outros, não. O uso da tecnologia moderna é um fator básico do desenvolvimento. As indústrias correrão sempre nessa direção e farão as adaptações necessárias para driblar a crise, abrindo assim um novo cenário. Creio ainda que, diante do mercado paralelo crescente – a pirataria – e com o advento da internet, os valores e condições de pagamento dos produtos dessa indústria se ajustarão a um modo cada vez mais pessoal, fácil e ágil, que satisfaça perfeitamente ao cliente. Isso acabará resultando em maior consumo.
Não sou contrário a essa apropriação da música em si, porque os direitos de um contrato são mantidos por lei. Minhas críticas são por outros motivos. Tenho certeza de que a parte comercial de uma gravadora – evangélica ou não – sempre dará prioridade ao lucro. É o lucro que a fará conquistar o mercado, e por causa disso a visão ministerial, ainda que exista, será considerada em um plano inferior. Não vejo problema em que se venda a Bíblia no bar da esquina. Ora, qualquer um pode vender o que quiser; a diferença, para mim, está só na razão pela qual se faz isso. E é aqui que eu vejo o problema mais sério, quando o conteúdo de uma música realmente cristã não é o produto desejado para ser difundido pelas gravadoras chamadas evangélicas. Vale qualquer coisa, desde que resulte em grana! Então eu pergunto: Onde está a visão do Reino nesse negócio?
Quanto à Line Records, sempre tive e tenho por ela profundo respeito. Nunca o Logos foi destratado ali e não há nada pendente em relação ao contrato que fizemos, que foi de distribuição. Tanto, que a previsão do contrato era de dois anos, mas nossa relação perdurou por mais quatro anos além do que foi assinado. Aqui, preciso ressaltar que, embora pessoalmente, discorde de certas práticas e costumes da Igreja Universal – algo, aliás, nunca escondido e respeitado em nosso relacionamento –, reconheço que eles foram sérios conosco, e somos gratos por isso.
Bem, somos uma missão, e realmente sem fins lucrativos. Isso significa que sempre estamos com nossas contas em dia e nunca temos recursos antes de projetos. Funciona assim: temos projetos antes de recursos. Mas não estranho isso; acho que é coisa de Jesus, mesmo… Aprendemos com ele a ver pães e peixes serem multiplicados. Então, quando saímos, fazemo-lo como trabalhadores que o representam, e não como artistas e empresários.
Eu componho após pensar: pensar na minha própria vida, na vida das pessoas, nas necessidades; e sempre trago essas coisas diante da Palavra de Deus, que me diz o que fazer, ou como ir adiante. Evidentemente que os talentos natos vindos do Senhor afloram e a excelência de quem quer adorar não permite a futilidade. Sei que, se eu for superficial e não verdadeiro, os resultados do que estou compondo serão também assim.
Veja, o comércio não é pecaminoso, como também o dinheiro não é. O que faço com ele é o que me diferencia. Não componho para ganhar dinheiro, mas sei que vender os trabalhos é o modo de fazê-los chegar a quem preciso atingir. Sabemos que o trabalhador é digno de seu salário. Não é pecado ser bem remunerado. As pessoas pagam entradas para assistir jogos de futebol, peças de teatro e filmes no cinema. Nada mais justo do que remunerar o artista segundo a arrecadação que ele mesmo produz. Mas fazer missões é outra coisa!
Vamos por partes. Primeiro, é preciso compreender que a música é um talento, e não um dom espiritual. Como talento, ela não é santa em si mesma. Há coisas lindas compostas por artistas descrentes. Depois, é preciso pensar que a música é também uma profissão artística reconhecida em todo mundo; portanto, qualquer pessoa que tenha esse talento pode exercer essa profissão, sendo crente ou não. Há, entretanto duas grandes observações aqui. A primeira é que o músico crente, como qualquer outro profissional que conhece Jesus, tem que ter a sua vida santificada ao Senhor. Isso implica no seu testemunho comum de crente e na santificação de seu caráter de forma geral. Então, se ele cantava palavrões ou obscenidades quando não era crente, agora, com Cristo, terá de mudar essas coisas. A outra observação tem mais a ver com o chamado ministerial, e creio ser este o ponto mais importante. Se um músico, após a sua conversão, receber de Deus um chamado de dedicação total à obra e atendê-lo, então, também como qualquer outro profissional, estará à disposição do Senhor para servi-lo e por ele ser sustentado, não mais como um artista lá fora, mas como um servo no lugar onde estiver servindo.
Se forem verdadeiramente convertidos pelo Espírito Santo, e, como consequência disso, deixarem-se discipular como qualquer outro pecador rendido ao senhorio de Cristo, poderão ser usados pelo Senhor, a despeito do que foram ou fizeram. Se assim não for, será simplesmente uma troca de posicionamento profissional.
Para qualquer músico eu diria que, caso a proposta seja boa, agarre-a com todas as suas forças. Mas, se o músico em questão for um crente verdadeiro, ele deve saber aproveitar a oportunidade, mas nunca negociando seus reais valores.
Acho que sim. Deus é fiel, não é? Ele nos deixaria viver para pregar para paredes? Acho que não! Então, nossa música será ouvida até que ele queira, mesmo que já não estejamos mais aqui.
Não posso generalizar o que acontece nos púlpitos, até porque, devido ao trabalho de viagens evangelísticas, estou mais tempo pregando do que ouvindo pregações. Mas, com certeza, reconheço que o assunto não figura entre os temas mais abordados.
Há várias igrejas que estão trabalhando isso. Conheço também algumas escolas voltadas nessa direção. No seminário onde estudei, embora não se tenha, especificamente, ensinado sobre os temas louvor e adoração, recebi as bases para ser um verdadeiro adorador. E é isso que, desde então, tenho procurando ser. Mas o que tenho constatado é que a dificuldade maior hoje não está em treinar musicalmente os alunos, capacitando-os e ensinando-lhes posturas de um ministro de louvor. O problema é quais são seus modelos. Certamente, o que esses alunos considerariam como referência seriam aqueles que estão na mídia, fazendo shows. Eles desejariam imitar seus gestos, seus jargões, seu tipo de música e até suas roupas. Assim, se tivéssemos que prepará-los de acordo com a modernidade do ministério, teríamos que ensinar-lhes matérias como presença de palco, expressão corporal, vestuário artístico e um vocabulário de palavras de ordem, além de estimulá-los a moldar suas músicas ao que está “rolando” hoje. Mas é disso que a Igreja está precisando ou é isso que a está afastando cada vez mais do genuíno papel da música evangélica?
Não quero responder com pensamentos previsíveis, mas com desejos de alma. Eu sonho com uma música diversificada em estilos e mensagens, que atenda as reais necessidades das igrejas. Sonho com bons músicos, crentes de verdade, que rendam seus talentos ao Senhor e testemunhem com suas vidas o caráter de verdadeiros adoradores. E, finalizando, sonho com uma Igreja que permaneça fiel diante dos modismos sufocantes da falsa contextualização.
Twitter: @jucelinosouza
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